terça-feira, 5 de março de 2013

É...
Depois de ter acordado um sono forçado no esquecimento...
Acordei, tomei um banho, tomei café... E isto é algo comum nas manhãs...
Mas hoje viria a ser diferente... E as palavras insistem em saltar de meus pensamentos para se libertarem no papel... E apesar do "devia ser diferente" está tão igual a indiferença dos outros dias... Pacatos...
Depois do café da manhã... Estou aqui em frente a uma bela vista... Localizada bem longe de onde eu moro... de minhas raízes... Em um lugar aonde já fui raiz...
Amanheceu um dia lindo...
E o que era pra se guardar ainda não foi guardado... Em uma bela verdade... Foi lançado...
Mas uma vez neste lugar de onde se originou a minha existencia... Me encontro agora...
Com cabelos meio despentiados com ares de desleixo... Depois de ter feito coisas que há muito tempo não fazia... E de certa forma ter feito algo completamente novo... Que devia ter sido em um momento especial...
Mas... Quem disse que não foi especial...?
Essas coisas nós tornamos especiais pra nós... E grande parte das coisas que são especiais pra nós não são especiais para os outros... Nem sei... É um complexo que a vida e meu instinto de defesa me tornou indiferente ao que importa ao outro se me importa... E me faz feliz...
Este texto... Este mesmo, deveria ser um texto com emoções, ficções.. ousadias...
... Há tanto não escrevo... Talvez eu tenha mudado... Ou fui obrigada a mudar...
Uma vez ouvi que o corpo humano quando sente dor procura sempre uma boa solução pra se livrar ou mantê-la sobre controle... Acho que meu cérebro me fez esse papel... Me fez esse ato de "indeferença" pra me anestesiar de certas dores... Porque eu sei que ela (a dor) está ali... Mas tem uma quantidade boa de "anestesia".. sendo eu a comandar ela a atiçar ou cair no esquecimento...



                                                                                                                       Karla Pestana

domingo, 6 de janeiro de 2013

Aprendi...



E com tantas experiências passadas paro e vejo o quanto cresci o quanto sofri o quando chorei e muitas vezes que fiquei calada...
Já escutei muitas músicas, já me encontrei nelas, já não me encontrei ... Não me encontrei nem mesmo nelas... Fui sentimental... Sou sentimental
Já me senti reprimida...
Já senti ciúmes de verdade e sei o quanto é desconfortável e confesso: um tanto engraçado...
Engraçado? Sim! Engraçado por eu perceber que estou sentindo ciúmes de tais pessoas que eu pensei não sentir...
Já me apaixonei por um beijo... Me apaixonei por uma abraço, por um olhar, por uma palavra.... Por um carinho... E confesso mais uma vez: É muito bom se apaixonar... e ao mesmo tempo sofrido, porque pra mim logo após  vem a saudade... que é torturante... É torturante ainda mais quando o ser está ao teu lado, mas só fisicamente...
Aprendi o quanto é ruim e muito necessário fingir, as vezes, que não se está sentindo...
Eu me apaixono por pessoas...
É dolorido...Mas pessoas são egoístas...
Aprendi a não acreditar em promessas de uma noite... Elas são falhas... Aprendi que quando passo por uma coisa e sei que não é boa, quando me encontrar no lugar da outra não fazer ou tomar cuidado para que não sofra o que já passei...
Conheci pessoas... Conheci muitas pessoas...
Pessoas que me fizeram querer ser diferente de mim... Ter outra nacionalidade...
Já conheci pessoas que já me fizeram amá-las só por odiar sua sensatez...
Pessoas que me fizeram amá-las por sua brutalidade... Incrível.. não!?... (#risos)
Pessoas que me fizeram ver sentido aonde não tinha sentido algum...
Percebi que uma forma de medir meu grau de tristeza é verificar a quantidade de vezes que canto...
O meu cantar é proporcional com minha felicidade... Ou seja, se não houver canto...Não há felicidade...
Aprendi a não me esquecer de esquecer mais fácil...
Aprendi a ter paciência e a acreditar que tudo que for verdadeiramente meu voltará...
Aprendi a amar por uma noite... E fingir que nunca amei no dia seguinte...(isto não significa que ainda não amo )...
Aprendi que me amo por ser como sou...
Eu aprendi....

                                                                                                                        Luanda de Abreu

domingo, 2 de dezembro de 2012

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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." 

                                                                                              Fernando Pessoa

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Uma carta ao amor...

E.. agora deitada na cama... olhando meio que pro nada, lembro dessa tarde... E desejo colocar nessas humildes palavras cada sentimento...
Coloco aquela música só pra entristecer .. Só pra não colocar aquela que tanto nos lembra... E que tanto canto... Só pra pensar em não pensar em você...
Hoje... Nessa linda e fria tarde me perdi pensando em você... Pensando nos nossos bons momentos... Naqueles detalhes... Lembrei quando vi você dormindo no meu colo: Eu com tanto sono, mas me sustentando acordada só pra admirar o teu rosto, cada detalhe dele, teus lábios. Os teus que desde que te vi pela primeira vez já me chamaram tanta atenção... Sei que não tinha os visto há muito tempo e por isso que admirava tanto... Pra guardar cada detalhe, gravar cada sentimento ali...
Lembro daquela noite em o que mais queríamos era ficar um do lado do outro até amanhecer... Sem nada mais, apenas pela presença. Lembro cada detalhe... Lembro do meu jeito meio esnobe só pra não acreditar que já estava me apegando tanto... Tive medo. Tive medo até mesmo de te perder. E acabei te perdendo... Senti... Quis me fazer forte... e me fiz... Externamente, porque por dentro eu estava chorando... Chorando muito... E sentindo dor em meu querido orgão bombeador de sangue...
Lembro daquela brisa da qual eu não queria sair, em baixo daquele paraíso desertico.
Eu em teus braços, cada brincadeira, cada olhar, cada carícia... Emoção!
Eu... tão protegida em baixo das minhas mil armaduras...
Estava conseguindo colocá-las só em meu coração porque você me desarmava só por eu te ver...
Cada beijo...
Já nem sei o que sentir, dá muita vontade de não ouvir meu cérebro que me torna tão sã e apenas agir com meu coração... Só pra você!
Lembro daquele primeiro beijo, tão tímido e totalmente inacreditável... Eu sei... Lembro que depois eu com tanta vergonha de olhar pro teu rosto e mesmo assim eu tomei coragem e olhei. Vi teu jeito meigo... e te senti também envergonhado.
Lembro da velocidade em que nos unimos, das conversas em que parecíamos tão idênticos. Das vezes que me via em você, tão engraçado tudo aquilo era...
Lembro daquela noite que eu tão calada, deitada em meio a areia, você me perguntava o motivo do meu silêncio e eu nada respondia... Estava eu, no fundo, com medo de perder aquele instante, aqueles instantes tão intensos...
Lembro daquele nosso momento: Amor...

Lembro daquela noite em baixo do luar...
Eu, já sabendo que tinha te perdido e ainda tentando te recuperar. Cada instante... Mais um beijo a tentar... Aquele frio...

Lembro dessa tarde... eu reflexiva... Atravessando as ruas, jardins, avenidas... O outono... Apreciando essa dádiva divina... E viajando nos nossos momentos...

E tão concentrada estava que nada mais via... Te vi... E que em relance... te beijei ao rosto... Não só naquele desejo e que quando percebi a tua distancia a mim, me virei com meus olhos repletos de lágrimas... O ruim ter que contê-las... Querendo apenas chorar como uma criança... Num cantinho... Ou voltar e ganhar novamente aquele beijo que sumiu...
Queria eu nunca ter te perdido... Queria ter te ganhado... Não digo que para sempre... Mas para o nosso sempre...
E em meio a racionalidade vejo o quanto valeu a pena cada instante.. Pelo mesmo motivo em que eu creio que as coisas não são infinitas... mas são eternas enquanto duram....

                                                                                                                                          Floripa Macêdo

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Por medo da solidão... Hoje estou só..."


A gente aprende a deixar coisas de mão...
A não dar tanta importância...
A não ligar...
 A fazer "cara de nada"... Mesmo quando por dentro tudo ta te machucando...
E... você tá sofrendo
Aprende a amar calado...
A não se mostrar tanto... E a se defender
Mas se defender com inteligência, não deixar que o medo te impeça de ser feliz...
Aprende que felicidade é um momento e os momentos sempre se vão...
Aprende a curtir esses momentos e não se importar tanto com o futuro ou passado... Porque na verdade eles não existem...
E o que realmente existe é o presente...
E este sim é o momento de ser feliz...

Luanda de Abreu



... Eu que falei nem pensar
Agora me arrependo roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei nem pensar
Coração na mão
Como um refrão de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser

E um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar

Num bar,
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro

Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus instintos mais sacanas
E o teu olhar sempre distante sempre me engana
Eu entro sempre na tua dança de cigana.

Eu que falei nem pensar
Agora me arrependo roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão

Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como o refrão de um bolero
Eu fui sincero
Eu fui sincero

Ana, teus lábios são labirintos
Ana, que atraem os meus instintos mais sacanas
E o teu olhar sempre me engana
É o fim do mundo todo dia da semana. 

Refrão De Bolero

Engenheiros do Hawaii

segunda-feira, 22 de outubro de 2012





Chato quando se amanhece com dores antigas............ ♥





                                                                                Karla Pestana